Notícia

Repelente vegano e sustentável à base de óleos essenciais
CONSELHO FEDERAL DE QUÍMICA

Com a chegada do verão, o Brasil registra altas temperaturas e, com elas, a chegada das chuvas. Nesse período, os casos de dengue começam a subir. Em 2022, segundo dados do Ministério da Saúde, o número de mortes pela doença bateu o recorde de uma série histórica vinda desde 2008, com mais de mil pessoas acometidas pelo mosquito. Pensando em reduzir esse cenário, uma professora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IQ/UFRN), junto com alunos do primeiro semestre, desenvolveu um repelente natural à base de óleos essenciais, que vem como uma opção sustentável.

Pollyana Souza Castro, licenciada e bacharelada em Química pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), mestre e doutora em Ciências com ênfase em Eletroquímica e Eletroanálises pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente professora do IQ/UFRN, contou que a iniciativa partiu de um surto de dengue, chikungunya e zika na universidade potiguar, no início do ano passado.

Ela relatou que, desde 2007, a UFRN desenvolve um programa chamado Miniempresa, em parceria com a ONG Junior Achievement. Por meio desse programa, um professor(a) seleciona cerca de 40 alunos do curso de Química para desenvolver competências e criar um negócio. “O Programa Miniempresa impacta diretamente na formação de estudantes, enfatizando a relação entre a Química e o empreendedorismo, empregando os conceitos científicos e tecnológicos que eles estão estudando nesse currículo escolar tradicional”, explicou Pollyana.

Foi daí que, em 2022, surgiu a Repeleste, um produto vegano e sustentável à base de óleos essenciais, que uniu a palavra repelente com a expressão “eita peste”, comum no lugar. De acordo com a professora, o repelente natural pode ser uma alternativa aos industrializados, principalmente em situações como alergias. “A pele é o maior órgão do corpo humano e absorve todos esses nutrientes ou contaminantes que a gente adiciona nos produtos cosméticos”, alertou.

“Então surgiu esse novo nicho no empreendedorismo que são os cosméticos sustentáveis, como uma forma de minimizar o impacto ambiental e alcançar a tão almejada sustentabilidade. A Repeleste foi estudada com base em pesquisa sobre Química Verde, marketing e comportamento de compra verde. É um repelente natural, com o óleo de coco como carreador dos nossos princípios ativos, e outros óleos essenciais, cuidadosamente escolhidos. Já existem indícios científicos de eficácia desses óleos na repelência contra o mosquito”, completou Pollyana.

Ainda segundo a professora, o óleo de coco ajuda na hidratação da pele, sem deixá-la com sensação de ressecamento. “A composição leva também um pouco de álcool de cereais, pois administramos o repelente na forma de spray. Mas quando você passa as gotículas do produto na pele, ele rapidamente evapora, ficando apenas o óleo de coco e os demais óleos essenciais na pele, com maior fixação e durabilidade na pele”, garantiu. A aplicação deve ser feita a cada três horas, para garantir maior proteção contra o mosquito.

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